Agentes de mudança falam sobre o CDI: sua importância na Cria e impacto na comunicação

 Lucas Rodrigues / @eulucasrodrigues_


Duda, Dominic e Willian falam sobre a relevância do CDI na atualidade e na Cria.

Na Cria, sempre que se começa uma nova gestão, um dos momentos mais importantes são as rodas de conversa do CDI (Comitê de Diversidade e Inclusão). Na gestão atual, 25.1, isso não poderia ser diferente, uma vez que os membros se mostraram bastante empolgados e interessados nos assuntos debatidos. Desse modo, é perceptível destacar o quão importante as políticas de diversidade e inclusão são relevantes, não só para a Cria em si, mas para todo o Movimento Empresa Júnior.

O CDI é um comitê organizado pela Coordenação de Gente, com reuniões quinzenais, que reúne membros das diretorias, para discutir sobre a educação interna sobre diversidade e inclusão na nossa EJ e também sobre Recrutamento e Seleção, que impactam no nosso Processo Seletivo – bastante relevante na Cria. De acordo com Maria Eduarda Teixeira, a atual Coordenadora de Gente e estudante de Publicidade e Propaganda, o CDI da Cria é referência: “A criação do nosso CDI ajudou a fazer com que outras Empresas Juniores criassem as suas políticas e debates relacionados ao tema”.

Duda, que se encontra bastante animada com o comitê, destaca o movimento dentro das empresas juniores para trazerem essas discussões, mas que ainda não é foco de grande parte das empresas que compõem o MEJ: “O MEJ ainda é um lugar muito elitista, onde muitas pessoas não têm a oportunidade de participar, pois precisam trabalhar”. O relato de Duda mostra a necessidade de um posicionamento e presença mais diversa dentro do Movimento Empresa Júnior nacional. Nesse sentido, o novo planejamento estratégico da Brasil Júnior, instância que representa as empresas juniores brasileiras, a questão de Diversidade e Inclusão, apesar de ser complementar, é destaque, além da busca por uma melhor sustentabilidade e organização interna dentro das empresas.

Nos dados apurados dentro do Portal BJ, as porcentagens em relação ao número de lideranças de autodeclarados pretos (11%) e com deficiência (2%), reforçam o argumento de que há falta de diversidade no MEJ nacional.

E a falta de lideranças e de membros diversos pode ser explicada através da carência de debates relacionados à diversidade e à inclusão dentro do Processo Seletivo. Willian Assis, Coordenador de Gente da gestão 24.2 e estudante de Jornalismo, destaca que durante o Processo Seletivo da gestão, houve organização, diálogo e divulgação para os trainees, a respeito da iniciativa Caju, um auxílio financeiro voltado para membros ingressados na FUMP, para que possam participar e viver a experiência da EJ, por exemplo. “Buscamos trazer um clima mais humanizado e que demonstrasse a nossa acessibilidade para os trainees, foi um período de evolução, em comparação ao PS anterior, com muitas novidades e acolhimento”.

Além dos fatos descritos acima, o CDI mostra-se um local de resistência das minorias, pertencimento, e local de temas sociais, já fazendo parte da cultura da Cria. É um espaço onde a comunicação relaciona-se diretamente com pautas sociais e com a pluralidade de pessoas dentro da EJ. É o que ressalta Dominic Braz, estudante de Relações Públicas e Coordenadora de Diversidade e Inclusão da gestão 22.1: “A comunicação vai muito além do tradicional. Ela é essencial para criar um ambiente acolhedor e acessível para todos os estudantes, independente de gênero, raça, condições socioeconômicas”.

Essa resistência pode ser destacada ao olhar para o cenário político atual e perceber um corte significativo de políticas de diversidade e inclusão em várias empresas estrangeiras, como Meta, Google, Amazon, entre outras, o que reforça a atualidade e a necessidade em se debater sobre essas políticas. “O CDI se torna ainda mais importante no MEJ, pelo fato de que no futuro, membros envolvidos com essas políticas, podem entrar no mercado sênior e mudar esse cenário” Willian complementa.

Desse modo, a comunicação se faz extremamente destacável na pauta de temas sociais. Pois, principalmente a Cria, enquanto uma EJ de comunicação, deve estar totalmente alinhada nesses termos, tanto para melhores conexões internamente quanto para OS mais assertivos e diversos. Em relação a isso, Dominic diz: “A comunicação precisa se atentar às diferentes vivências que as pessoas têm e garantir que todos os membros e estudantes se sintam representados e ouvidos. Isso envolve como abordamos temas escolhidos em determinados momentos, pela forma como mensagens são consumidas, como acolher os gêneros e buscar trazer vozes diversas para compor espaços de liderança. É trazer a comunicação não só para nós, mas para outras pessoas”.

Com isso, ao ver o relato de membros que fizeram e fazem diferença dentro da Cria e do CDI, é notável o quão importante é debater esses termos. No mês de março, chamado de “mês de DI”, serão realizadas palestras, de líderes do mercado sênior e entendedores do tema, para membros e lideranças da Cria, sobre como trazer uma comunicação mais acessível, mais bem diversa e mais humanizada.

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