AAFAFICH promove recepção histórica aos calouros com parcerias e inovação
Por Marcela Ranieri / @mah_ranieri
A AAFAFICH realizou mais uma edição da recepção de calouros que foi icônica, com um grande planejamento feito através de GTs (grupos de trabalho) com todas as diretorias da gestão, além de parcerias com outros DAs e com a Red Bull. Fizeram ações de integração com os calouros, passando a eles a energia, os valores e a vibe descontraída da atlética. Um evento que foca em integrar através do esporte, facilitar a adaptação à vida universitária e desenvolver o sentimento de pertencimento. Realizamos entrevistas com membros da gestão e com calouros que participaram da recepção. Venha conferir como foi essa recepção histórica feita pela nossa atlética.
A recepção de calouros é um evento de extrema importância no contexto universitário, sendo um momento de integração e acolhimento. Duas vezes no semestre temos este evento na UFMG, e aqui na FAFICH a recepção feita pela atlética é um sucesso. A AAFAFICH é uma Associação Atlética, fundada no ano de 2013, que representa o prédio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG. Desde então, a entidade é responsável por coordenar e promover o esporte no ambiente universitário, gerindo várias modalidades que participam de campeonatos esportivos dentro e fora da UFMG. Com o objetivo de prezar pela saúde física e psicológica de seus atletas, a Atlética também promove eventos para fins de entretenimento, como calouradas e pequenos campeonatos internos.
Tivemos uma grande novidade nesta edição: devido a maior entrada de calouros no primeiro semestre, a primeira recepção é normalmente mais cheia e engajada, porém esse ano a AAFAFICH conseguiu entregar mais uma recepção engajada. A quantidade de pessoas que participaram nesta segunda edição foi bem similar, o que mostra a competência do trabalho feito pela atlética.
A Organização por Trás do Evento
Por trás de todo grande evento tem-se um bom planejamento, para entender essa logística conversamos com a Diretora de Eventos, Luiza Vieira, estudante de publicidade. Ela nos contou que o brainstorming feito para essa edição teve como base um GT (grupo de trabalho). Tal GT teve a presença de membros de todas as diretorias, em que discutiram onde poderia aplicar a verba, o que faria sentido, o que iria atrair mais pessoas: “Realizamos parcerias com outros DAs, tanto do IGC quanto da FAE, além da parceria icônica com a RED BULL”. Luiza nos contou que a coordenação foi uma loucura porque era um grupo bem grande de pessoas, porém no final o trabalho em equipe rendeu bons frutos. Realizaram um grande trabalho para fazer o edital para conseguir verba da UFMG, então tinha toda a parte orçamentária, além da parte da comunicação outras instituições para aumentar o alcance do evento.
Além do planejamento, essa recepção foi um grande marco para a gestão atual da AAFAFICH, pois, foi a primeira recepção feita pela gestão que acabou de assumir. André Baratta, diretor esportivo da atlética, estudante de arqueologia, nos compartilhou que a primeira coisa que eles fizeram foi reunir uma pessoa de cada diretoria para conversar sobre quais eram os objetivos enquanto atlética no geral, o que eles queriam mostrar e representar enquanto atlética. Ademais, ele comentou que o mais desafiador foi a relação com as diretorias, para conseguir fazer a recepção nos três prédios que engloba a atlética meia noite, precisavam da deliberação das diretorias para utilizar o espaço deles. E por conta disso, tiveram que organizar o cronograma com base na disponibilidade de outros prédios, o que gerou dificuldades na logística, mas conseguiram resolver.
Também pudemos conversar com a Diretora de Gestão de Pessoas, Lara Meirelles, estudante de publicidade, que teve uma função muito importante em montar uma estratégia focada na integração dos calouros. Ela nos compartilhou que a vibe que eles queriam passar nesse evento era de passar a energia, os valores e a vibe descontraída que tem-se na atlética. Eles gostariam de fazer uma recepção que fugisse do padrão de apresentação dos cursos (que são mais institucionais), e sim uma versão mais divertida que reflete o que é o esporte universitário. O momento que mais marcou a Lara foi na recepção do noturno onde tivemos uma pequena baixa de presença, porém uma recepção com mais conversa e foi muito bacana, em que ela conseguiu ver o brilho nos olhos dos calouros.
Sendo assim, vemos o quanto planejar, promover a integração e pensar uma logística eficaz foram essenciais para um evento de sucesso. Como bem destacou André:
"O esporte e o acolhimento andam necessariamente juntos. As dinâmicas que fizemos, como vôlei e basquete, eram mais do que encontrar talentos - eram também sobre acolher os calouros. Pois o esporte traz isso: a atlética vai além de títulos, medalhas e treinos. A ideia é acolher as pessoas dentro do esporte.”
Esta perspectiva revela uma verdade fundamental: eventos bem-sucedidos não se constroem apenas com planejamento técnico, mas com a compreensão de que cada atividade deve servir a um propósito maior - criar vínculos, despertar pertencimento e transformar simples participantes em uma verdadeira comunidade. O sucesso não está apenas nos resultados alcançados, mas nas conexões humanas que se formam pelo caminho.
Experiência dos Calouros
Buscando um maior entendimento sobre a recepção 2025/2 realizada pela atlética, ouvimos depoimentos de calouros que participaram dessa edição. Analice Gomes, estudante de jornalismo nos contou sobre sua experiência na recepção. Sua primeira impressão da AAFAFICH foi extremamente positiva, pois os membros foram muito receptivos e acolhedores, conseguindo mostrar bem o que é ser AAFAFICH. A atividade que mais a marcou foi a apresentação da atlética e uma dinâmica que aconteceu na FAFICH, que passou muito bem o espírito competitivo e da torcida da atlética, deixando-me ansiosa para comparecer nos jogos e torcer também. Analice não pensa em entrar em nenhuma modalidade por não praticar nenhum esporte, porém depois da recepção decidiu participar do processo seletivo para fazer parte da gestão e agora é assessora da AAFAFICH. No geral, considerou os membros da atlética super receptivos e deixaram o ambiente muito confortável para os calouros.
Também ouvimos o depoimento de Natan Penteado, estudante de relações públicas, sua primeira impressão da recepção foi muito boa. Se sentiu extremamente acolhido, o clima estava leve e animado, e deu para sentir a energia positiva de todos. A atividade que mais o marcou foram as gincanas, elas foram muito empolgantes, ver o espírito de equipe e a animação de todos tornou a experiência da recepção ainda mais divertida e memorável. A recepção o ajudou na adaptação à vida universitária, além de conhecer mais a própria turma, pôde conversar com veteranos, quebrar o clima da primeira semana de faculdade e entender melhor como ela e a atlética funcionam. Natan considera que a melhor parte, sem dúvida, foi ver essa integração entre o pessoal da UFMG. Ele afirma que é muito legal perceber como os veteranos estão dispostos a conhecer os calouros, mesmo de outros cursos, criando um senso de comunidade realmente incrível.
Por fim, a última entrevista com calouro selecionada foi com a Mariana Gouveia, estudante de pedagogia, ela nos disse que a recepção da atlética foi muito dinâmica, orgulhosa e acolhedora. O evento que mais a marcou foram as dinâmicas em grupo, onde pode conhecer pessoas que se tornaram amigos queridos e a ajudaram a enturmar. Ela disse que as festas e a integração foram muito divertidas e até acalentadoras de certa forma, tiraram boa parte do nervosismo e apreensão de mudar totalmente meu ciclo de convívio. Acredita que não tenha muita coisa para agregar em questão de sugestões, mas acho que manter eventos assim de tempos em tempos seria bom.
Conclusão
Ao escutar esses e demais relatos de calouros compartilhando um pouco de como foi para eles participar da recepção nos mostrou principalmente o impacto que se tem essas ações na adaptação à vida universitária. Ser calouro é chegar em um ambiente totalmente novo e na grande maioria das vezes sozinho. Sair da escola e entrar de cabeça no âmbito universitário é uma realidade para muitos estudantes, e além de desafiadora pode ser assustadora. Mas, a Atlética da Meia Noite está aí pra ajudar. Através do esporte e das atividades integradoras, ela oferece mais do que entretenimento - oferece um lar longe de casa. Cada dinâmica, cada jogo, cada momento de interação se torna uma ponte entre o desconhecido e o familiar, transformando rostos estranhos em amigos e um campus imenso em um espaço acolhedor. No final das contas, é nesse ambiente que construímos nossa outra família.
Os relatos dos calouros evidenciam que esse momentos de integração não apenas facilitam a adaptação acadêmica, mas também constroem o sentimento de pertencimento aos estudantes com a UFMG. Quando um calouro encontra seu lugar através da atlética, ele não apenas se integra à universidade, ele faz parte de uma comunidade mais unida e acolhedora. E foi assim que a Atlética da Meia Noite cumpriu sua missão de transformar chegadas solitárias em jornadas compartilhadas, medos iniciais em conquistas coletivas, e descobrir novos talentos para o esporte universitário.
E sobre o futuro? A CRIA acredita que vem muita coisa boa nas próximas edições, observamos que o planejamento das próximas já vem forte. Foi a primeira vez que a atlética fez um contato maior entre os três prédios, segundo a Diretoria de Gestão de Pessoas, e querem continuar e elevar mais esse contato. Além disso, foi uma edição marcada pela animação e entusiasmo nos olhos dos calouros, observada nas dinâmicas que eles saíram correndo da sala em grupos, correndo sem parar pela faculdade, pra ir atrás das coisas da dinâmica. A partir desses e outros momentos, que a gestão percebeu que deu certo, em ver como eles estavam realmente engajados e também no grande número de inscrições do PS da atlética.


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